26 de out. de 2009

A Sabedoria do Desapego

A Sabedoria do Desapego

Bom é agir e bom é abster-se da atividade; tanto isto como aquilo conduz à meta suprema. Mas, para o principiante, melhor é agir corretamente.

O verdadeiro renunciante é somente aquele que nada deseja e nada recusa, inatingido pelos opostos, tanto no seu agir como no seu desistir; não afetado nem por esperança nem por medo.

Os ignorantes tecem teorias sobre o agir e o conhecer, como se se tratasse de duas coisas distintas: mas os sábios estão convencidos de que quem faz isto, não deixa de colher os frutos daquilo.

O reino da quietude que os sábios conquistam pela meditação é também conquistado pelos que praticam ações; sábio é aquele que compreende que essas duas coisas – a consciência mística e a ação prática – são uma só em sua essência.

Difícil tarefa, herói, é alcançar o estado de renúncia sem ação e sem que o espírito da fé penetre o coração. O sábio que, pela força da verdade, renuncia a si mesmo, integra-se em Brahman.

Esse é puro de coração, forte no bem e senhor de todos os seus sentidos; a sua vida está a serviço da vida de todos, e ele realiza todas as ações sem ser escravizado por nenhuma delas.

Porquanto reconhece que não é ele que age, quando vê, ouve ou sente.

Pois, quando vê ou ouve, cheira ou come, dorme ou respira, quando abre ou fecha os olhos, quando dá ou recebe ou exerce outro ato sensório qualquer – não são senão seus sentidos que operam com esses objetos externos.

Quem tudo faz sem apego ao resultado dos seus atos faz tudo no espírito de Deus, e, como a flor de lótus, incontaminada pelo lago em que vive, permanece isento do mal.

Com todas as forças do espírito, da mente, do coração e do corpo luta o yogui pela purificação de sua alma, sem nada buscar para si mesmo em tudo o que faz.

Quem a tudo renuncia, jubiloso, alcança, já agora, a mais alta paz do espírito; mas quem espera vantagem das suas obras é escravizado pelos seus desejos.

O sábio que, em corpo terrestre, se libertou do egoísmo, habita, mesmo quando age, no céu da sua paz, na “cidade dos nove portais”; não tem desejos, nem induz outros a terem desejos.

O Senhor do Universo não cria a ação nem o impulso de agir, nem o desejo dos frutos da atividade – tudo isso nasce da natureza finita do indivíduo.

O Senhor do Universo não toma sobre si as culpas dos homens, porque está acima de todas as ações, perfeito em si mesmo. Erram os homens por sua própria ignorância, porque a luz da verdade está envolta nas trevas da ilusão.

Mas quando as trevas sedem à luz, amanhece o dia, e, assim como o sol em pleno esplendor, revela-se ao Ser Supremo.

Quem se integra no Ser Supremo e nele repousa está livre da incerteza e trilha caminho luminoso, do qual não há retorno, porque a luz da verdade o libertou do mal.

Quem vive na luz da Verdade vê Deus em todos os seres – no brâhmane e no cão, no elefante e na vaca, e até no desprezado paria.

Os que estão firmes na luz da verdade venceram o mundo, já aqui na terra, pela fé na harmonia universal; porquanto Brahman transcende todas as condições da dualidade, habitando na suprema unidade – quem o conhece, repousa em Brahman.

Quem vive firmemente consolidado na consciência de Brahman não sucumbe à alegria, na prosperidade, nem à frustração, na adversidade – mas remonta à claridade sem nuvens e se integra na Divindade.

Quem preserva sua alma livre de todas as coisas que vêm de fora realiza o seu verdadeiro EU, atinge a Paz Profunda, a beatitude do verdadeiro ser.

As alegrias que brotam do mundo dos sentidos encerram germes de futuras tristezas; vêm e vão; por isso, ó príncipe, não é nelas que o sábio busca a sua felicidade.

Feliz é aquele que, durante a vida terrestre, consegue libertar-se dos impulsos que geram paixão e ódio, estabelecendo-se firmemente no espírito da união com Deus.

É ele, na verdade, um santo, que encontra o céu dentro de si mesmo; a sua vida é uma com Brahman e abre-se-lhe a porta do nirvana.

É assim que os rishis, livres de incertezas e senhores de si mesmos, já aqui na terra, entram no nirvana da Divindade, vivendo a vida de todos os seres.

Todos os que, libertos de ódio e paixões, fortes na humildade e iluminados pela fé, superaram o seu ego humano e realizaram em si o Eu divino, todos eles se aproximaram da verdadeira Paz em Deus.

O yogui que habita na luz, que se abstém do contato com o mundo dos sentidos, cujo olho espiritual se abriu e cuja respiração espiritual se sintonizou com a respiração corporal.

Ele, que repleto da virtude de Deus, governa o coração e a mente, e, sem egoísmo, anseia pela redenção – esse se libertou de si mesmo e vive na paz eterna, aqui e por toda a parte.

Ele sabe, que EU SOU a Essência em todas as Existências; eu, o Imanifesto em todos os Manifestos: eu, a suprema e imutável Realidade em todos os mundos em incessante mutação; eu, refúgio e proteção de todas as criaturas. Quem isto sabe, encontrou a paz...

Leia esta Obra Prima, na íntegra, em seu formato tradicional (papel):

Oração Nossa

Oração Nossa



Emmanuel

Senhor, ensina-nos a orar
sem esquecer o trabalho.
A dar sem olhar a quem.
A servir sem perguntar até quando.
A sofrersem magoar seja a quem for.
A progredir sem perder a simplicidade.

A semear o bem sem pensar nos resultados.
A desculpar sem condições.
A marchar para a frente
sem contar os obstáculos.
A ver sem malícia.
A escutar sem corromper os assuntos.

A falar sem ferir.
A compreender o próximo sem exigir entendimento.
A respeitar os semelhantes
sem reclamarconsideração.
A dar o melhor de nós,
além da execução do próprio dever
sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor, fortalece em nós a paciência
para com as dificuldadesdos outros,
assim como precisamos da paciência
dos outros para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos
aquilo que não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer
que a nossa felicidade mais alta será
invariavelmente àquela de cumprir
os desígnios, onde ecomo queiras,
hoje, agora e sempre.







Lei do Caminhão de Lixo

Um dia peguei um taxi e fomos direto para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto
saltou do estacionamento na nossa frente.

O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro
por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.

O motorista do taxi apenas sorriu e acenou para o cara.

E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.

Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o
seu carro e nos manda para o hospital!'

Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo 'A Lei
do Caminhão de Lixo".

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por
ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de
desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas
precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a
gente. Não tome isso pessoalmente.

Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o
lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas
ruas.

O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus
caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para
levantar cedo de manhã com remorso, assim... Ame as pessoas que te
tratam bem. Ore pelas que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a
maneira como você a recebe!

Tenha um bom dia, livre de lixo!