5 de mar. de 2010

Minha Santa e Divina Igreja
"Veja o mundo num grão de areia,
veja o céu em um campo florido,
guarde o infinito na palma da mão,
e a eternidade em uma hora de vida!"
William Blake
Em estado de doce reverência,
Caminho pelos amplos pátios de minha Igreja,
Contemplo seus mínimos detalhes,
Enlevo-me e comungo com todo seu Espírito.
Minha Igreja não está em lugar algum,
Ao mesmo tempo em que mora em todos os lugares:
Ela é os montes, as colinas, os mares, os riachos,
As flores, os sorrisos, os olhares e a palavra.
A sua linda cúpula habita as regiões das estrelas,
Abraçando toda a Terra num encontro celeste;
Seus vitrais são repletos de movimento e de graça,
Sussurrando e cantando em profunda sintonia.
Minha Igreja, que nem minha é,
Mas sim do Coração de Todos os Seres,
Respira tal qual um imenso ser vivo,
Mãe e Irmã de tudo o que Nela há.
Eu próprio sou um enfeite, uma única pérola,
Do lindo e reluzente colar
Que o próprio Deus confeccionou
Para brilhar no colo de sua Esposa.
Para surgir por trás das florestas de seus cabelos,
Brilhando em consonância com as estrelas de seu olhar,
De mãos dadas com o infinito céu de seu sorriso,
Em harmonia com o seu suave respirar.
Em silêncio e de olhos fechados,
De mãos postas no altar de nossos corações,
É possível para todos os que Nela estão
Mergulhar no oceano de sua sacralidade.
E comungar com o canto dos pássaros,
Com o doce murmúrio das árvores,
Com o diálogo dos nossos irmãos animais,
Com o Sonho de Toda Humanidade.
E o soberano e resplandecente Deus,
Que está em tudo e no interior de cada Coração,
Revela-se à medida que os seus filhos e filhas
Reconheçam a divindade de sua Criação.
Pois em todo peito humano há um altar sagrado
Que pede para ser expandido e reconhecido
Em todos os seres, em todas as culturas,
Em toda a vida em sua extensão e diversidade.
E este que assim vive jamais precisará se preocupar,
Pois seu viver será uma eterna oração,
Uma constante reverência ao divino criador,
Que por Amor nos concedeu sua mística Igreja.
Que nos permitiu viver no seio de sua santa Esposa
Como filhos que crescem e evoluem,
Brincando, caindo e aprendendo
A reconhecê-Lo nos seus mínimos detalhes.
A ver o absoluto cósmico num grão de areia,
E a ver um sorriso de criança na extensão do universo;
A reconhecer a voz de Deus num pedido de um simples transeunte,
A reconhecer um humano olhar na soberana vontade de Deus.
Entrelaçando no coração toda a Criação,
Como a costurar um belo vestido de presente
Para o divino casamento entre Deus e Natureza:
Pai de nossas almas, Mãe de nossos corpos.
Que almejam tornar-se um na essência de nosso Ser,
De modo que cada ato e cada vontade e cada sonho
Seja dirigido para todo o Cosmos,
Para a glória de Deus e beleza de nossa Mãe.
Para a constituição da Sagrada Família
Que transcende todas as fronteiras,
De nações, de corpos, de crenças, de idéias,
De raças, de espécies, de gênero, de posse.
E assim perceber no fundo de nossos corações
O verdadeiro pecado e a verdadeira profanação,
Que é permitir que um de nossos irmãos
Padeça da fome do corpo e do espírito.
E que mil orações proferidas não valem
O alimento verdadeiramente concedido
A um de nossos irmãos – linda pérola
Que deseja brilhar no colo de nossa Mãe.
Maravilhoso será o dia em que toda a humanidade,
De joelhos e em oração diante do altar de seus corações,
Puder contemplar o sublime e epifânico mistério
Do casamento sagrado entre nossos divinos pais.
A sorrir e se alegrar em completa beatitude
Diante da unicidade de tudo o que há,
No venerável espetáculo de beleza e de amor
Que há no suave toque de mãos entre Deus e Natureza.

Dez Apontamentos para a Paz
1º. Aprenda a desculpar infinitamente para que os seus erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.
2º. Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3º. Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4º. Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a idéia de superestimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5º. Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.
6º. Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.
7º. Levante-se, cada dia, com a disposição de ser sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
8º. Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.
9º. Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.
10º. Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca mas, sim, testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.

1. Todos podem ser voluntários
Não é só quem é especialista em alguma coisa que pode ser voluntário. Todas as pessoas capacidades, habilidades e dons. O que cada um faz bem pode fazer bem a alguém.
2. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária
Não é uma atividade fria, racional e impessoal. É relação de pessoa a pessoa, oportunidade de se fazer amigos, viver novas experiências, conhecer outras realidades.
3. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla
O voluntário doa sua energia e criatividade mas ganha em troca contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil.
4. Voluntariado é ação
Não é preciso pedir licença a ninguém antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.
5. Voluntariado é escolha
Não há hierarquia de prioridades. As formas de ação são tão variadas quanto as necessidades da comunidade e a criatividade do voluntário.
6. Cada um é voluntário a seu modo
Não há fórmulas nem modelos a serem seguidos. Alguns voluntários são capazes, por si mesmos, de olhar em volta, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo, juntando os vizinhos, amigos ou colegas de trabalho. Por vezes é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube de serviços, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa.
7. Voluntariado é compromisso
Cada um contribui na medida de suas possibilidades mas cada compromisso assumido é para ser cumprido. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente.
8. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade
Sua função não é de tapar buracos e compensar carências. A ação voluntária contribui para ajudar pessoas em dificuldade, resolver problemas, melhorar a qualidade de vida da comunidade.
9. Voluntariado é uma ferramenta de inclusão social
Todos têm o direito de ser voluntários. As energias, recursos e competências de crianças, jovens, pessoas portadoras de deficiência, idosos e aposentados podem e devem ser mobilizadas.
10. Voluntariado é um hábito do coração e uma virtude cívica
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