2 de nov. de 2009

Menos do mesmo...



Mais um sol igual
Mais um céu igual
Mais um dia igual

E assim vai durante todo o meu tempo.

Mais uma tarde igual
Mais um pôr-do-sol igual
E para finalizar, mais uma noite exatamente igual

E assim que chega a noite, me pergunto:
Por que será que meus dias têm sido
todos tão igualmente sofridos,
nâo diria depressivos,
mas ansiosos,
tensos
e por sempre e de repente me sentir cheia de medo e de pânico,
estes dias parecem tediosos,
insignificantes,
incapacitantes
numa eterna espera de crises
frustrantes
que nos faz invisíveis
e dessa forma,
tornando todas as suas belezas completamente imperceptíveis?

A quem interessar possa, não tenho resposta a minha própria pergunta,
mas estou lutando com todas as minhas armas contra esse cinza existencial,
que insiste em me aprisionar,
mas não vai,
pois essa é minha única certeza.

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